Marcos Coimbra, CartaCapital:
Quando os historiadores do futuro fizerem o balanço da época em que vivemos, é bem provável que sobressaiam coisas às quais hoje não damos nenhuma importância. É quase impossível dizer quais serão. Alguém perceberia, em 1960, nos trabalhos de um obscuro engenheiro da Rand Corporation, a semente da internet?
(...)
Que vitória política terão os adversários do governo e do “lulopetismo” se os acusados forem condenados? Isso alteraria a avaliação largamente favorável dos oito anos de Lula e dos quatro de Dilma, que começaram bem, aos olhos da população? Isso mudaria o favoritismo de ambos – pois Lula e Dilma lideram com imensa vantagem as pesquisas – para vencer as eleições de 2014? O “julgamento do mensalão” não vai reescrever o passado ou modificar o futuro da política brasileira.
A campanha para que aconteça já e para que redunde na condenação de todos os acusados nada tem a ver com a ideia de justiça. Não responde a anseios reais da vasta maioria da sociedade. Nada altera de concreto em nossa política. É por isso que seu significado no longo prazo é tão limitado.
Mesmo que, nos próximos meses, tenhamos de ouvir falar do assunto até não -poder mais
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