Bala de prata é, de verdade, a única coisa que extermina seres malignos: lobisomens, bruxas, vampiros... Já na política, bala de prata é a mentira usada pela direita para derrotar líderes políticos quando os recursos normais e éticos não resolvem. Será empregada exaustivamente pelo PIG e a Casa millenium no programa eleitoral gratuito.
Acontece que a munição é tão abundante e eles usam-na de forma tão despudorada e extravagante, que, às vezes, cega e as bala de prata atingem seus próprios pés. A Rede Globo é campeã nisso, um exemplo foi a tentativa de evitar a correta contagem dos votos do Brizola – a Globo simplesmente recusava-se a noticiar a vitória, nas urnas, do governador eleito do Rio de Janeiro. Terminou dando direito de resposta a Leonel Brizola. Acertou os próprios pés, está manca até hoje e continuará assim para o resto da vida.
Depois, a Globo solenemente desconheceu a campanha das Diretas Já! – só parou quando seus veículos começaram a ser depredados nas ruas das capitais brasileiras. Mais tiro no pé. Agora é a propaganda da campanha eleitoral embutida pelos profissionais da imprensa golpista, os pig do millenium, ao aproveitarem-se do aniversário da Rede Globo e fazerem propaganda política, antecipadamente, do candidato tucano na televisão, incluindo o slogan da candidatura a presidente de José Serra “Pó demais”, já plagiado da campanha do presidente americano Barak Obama “We Can”, como palavras de ordem criadas pela emissora para comemorar seu aniversário.
A coisa foi tão descarada, que o alerta imediato da Blogosfera tirou do ar, em menos de 24 horas, a propaganda política dos tucanos à presidência da República embutida, dissimulada e subliminarmente vinculada domingo, no aniversário da Rede Globo de televisão. O tiro saiu pela culatra! E, desde então, têm sido suspensas as falas dos maiores artistas da Rede Globo dizendo que o Serra é pó demais. Diga aí se pode? No aniversário da rede?
A chamada Direção da Casa, que só aparece nessas horas e por meio de marionetes, informa e defende-se dizendo que o filme do aniversario foi feito há seis meses. O certo é que eles mesmos noticiaram as gravações feitas somente quatro dias depois do lançamento da campanha a presidente da República de Jose Serra, e dizendo o slogan da campanha no aniversário da rede. A Globo dá mais um tiro no pé. Eles agora vão ter que colocar uma prótese no pé, vão ficar como o pirata da perna de pau... Pior é bala de fragmentação. Tem muito artista que não quer ficar coxo de jeito nenhum. E aí, como é que fica? E pode mais, pode caber direito de resposta de vários partidos.
Porém, às vezes os tiros são certeiros e fatais. Lula já foi atingido assim duas vezes nas campanhas eleitorais para presidente, como no episódio, armado e muito bem planejado, da prisão dos sequestradores do dono do Pão de Açúcar, Abílio Diniz, na véspera da eleição. A ida da Mirian Cordeiro, mãe de uma filha do Lula, à televisão para dizer que ele queria fazer o aborto, quando fora ele quem criara e educara a menina é um outro exemplo de bala de prata fluminante no mais fundo do coração. Além disso, temos a farsa montada no debate entre Lula e Collor. Abordei isso no artigo anterior.
http://dilma13.blogspot.com/2010/04/bala-de-prata.html
Nesses casos, as balas de prata cumpriram seu papel direitinho, e Lula foi derrotado nas duas vezes. E podem ficar certos, “como 2 e 2 são 4”, de que vai ter bastante bala de prata para nossa Dilminha. Vejamos algumas.
O inacabado caso Lina Vieira é uma espoleta contra a Dilma, um exemplo atual ensaiado de bala de prata, que começou com a resposta da então ministra da Casa Civil à pergunta do senador Agripino Maia, falando em Comissão do Congresso Nacional sobre ser ou não verdade que ela tinha mentido em depoimentos na policia. Dilma disse que sim. O porquê contou a verdade? Mentiu sob tortura. Naquela hora, para bom entendedor, ficou claro também que ela não era, neste aspecto, exatamente, a continuação do Lulinha Paz e Amor.
E tem mais: se o ministro Nelson Jobim tivesse (um tiquim de) vergonha na cara para ser cidadão brasileiro, como propõe Capistrano de Abreu, o ministro da Defesa tucana já teria feito a trouxa e se mandando “de fininho”. Mas ele não tem. E é tão cara de pau que vai ficar esperando o pé na bunda da Dilma, “podes crer”. Enquanto isso, continua arquitetando novas balas de prata, junto à canalha de sempre, a exemplo do que fez no caso dos aviões da aeronáutica, ou do golpe contra o Programa Nacional dos Direitos Humanos, ou mesmo quando queria que o Brasil apoiasse o golpe contra o presidente eleito de Honduras, Zelaia.
E o ministro, faz tempo, fraudou a constituinte, é réu confesso, para depois dizer que tinha sido o Ulisses Guimarães, estando o presidente da Constituição cidadã morto e desaparecido. Nelsom Jobim na Defesa é o que tem mais munição e outras armas de ataque abaixo da linha da cintura. E nisso, o maior fornecedor do seu arsenal é o parceiro Serra. É ele, por dentro, que você pode encontrar em toda nova republica, o que mais conspira para macular a democracia brasileira e o governo Lula.
Voltando a Lina Vieira, ela mentiu, dizendo que ouviu de Dilma, no Palácio do Planalto, que “maneirasse com a família Sarney”, não sabe o dia nem a hora. Dilma nega não só a conversa como, até mesmo, o encontro. Na verdade, Lina estava com duas balas de prata, uma para desmoralizar a Dilma, chamando-a de mentirosa contumaz, e, de quebra, tentar lavar a alma desmoralizada do patrão, o senador Agripino Maia. Essa bala ainda está em curso, vide a ficha de terrorista da Dilma que é só um rastilho de pólvora...
Algumas outras balas de prata vão ressurgir como terremotos, vulcões e tsunamis, na grande maioria, armadilhas e farsas requentadas dissimuladas, porém, por serem mais falsas que da primeira vez, com adornos e pirotecnias camufladas, por isso mesmo, mais explosivas. Lamentavelmente, poucas vão “bater catolé”. Breve chega a altura em que até fogo fátuo é nitroglicerina.
A outra bala é para realmente encobrir mutretas da família Sarney, que eles já tinham atingido com uma verdadeira bomba de prata amiga, “leal concorrente” à candidatura de Roseane Sarney ao Palácio do Planalto, com a foto-bomba da enorme pilha de dinheiro colorido vinculada em toda mídia, o que aniquilou definitivamente a candidatura à presidência do Brasil da filha do ex-presidente da República e atual mandatário do Senado, Jose Sarney. Mui amigo, si.
Hoje, nem Deus sabe o explosivo que nutre os artigos censurados no jornal Estado de São Paulo pelo filho do Sarney, isso há quase seis meses. Se é granada, bazuca, mina ou lança-chamas, e a quem mesmo se destina. Perdeu a validade, ou ainda fermenta? É relógio?
As balas de prata foram munição predileta da Operação Condor e da OBAN e vêm desde o Plano Cohen. Foram balas de pratas que deram o fim em J. K. e João Goulart, Marcos Freire, Zuzu Angel, Werzog, Rubem Paiva... são centenas... Bomba em banca de revista, na OAB, no Rio Centro... Bombardearam o palácio do governo chileno com o presidente eleito Salvador Alende dentro. Explodiram ministros de governo latino-americano em avenida de Washington, D.C. Foram balas de prata que deceparam as mãos de Victor Jará e ainda enlouquecem Geraldo Vandré.
Balas de prata podem, com certeza, ser autofágicas, fazem queima de arquivo, como o que aconteceu com Lacerda, Fleury, Von Baugarthenn, e outros mais. Há bem pouco tempo a linha dura, inesperadamente, mostra sua cara: o célebre General Newton Cruz reafirmou que o Maluf o procurou para dar uma bala de prata para o Tancredo Neves...
Podemos ficar certos tem muita bala de prata na próxima esquina.
* Memorialista, co-fundador do Partido dos Trabalhadores e editor do Blog da Dilma em Fortaleza/CE.
Acontece que a munição é tão abundante e eles usam-na de forma tão despudorada e extravagante, que, às vezes, cega e as bala de prata atingem seus próprios pés. A Rede Globo é campeã nisso, um exemplo foi a tentativa de evitar a correta contagem dos votos do Brizola – a Globo simplesmente recusava-se a noticiar a vitória, nas urnas, do governador eleito do Rio de Janeiro. Terminou dando direito de resposta a Leonel Brizola. Acertou os próprios pés, está manca até hoje e continuará assim para o resto da vida.
Depois, a Globo solenemente desconheceu a campanha das Diretas Já! – só parou quando seus veículos começaram a ser depredados nas ruas das capitais brasileiras. Mais tiro no pé. Agora é a propaganda da campanha eleitoral embutida pelos profissionais da imprensa golpista, os pig do millenium, ao aproveitarem-se do aniversário da Rede Globo e fazerem propaganda política, antecipadamente, do candidato tucano na televisão, incluindo o slogan da candidatura a presidente de José Serra “Pó demais”, já plagiado da campanha do presidente americano Barak Obama “We Can”, como palavras de ordem criadas pela emissora para comemorar seu aniversário.
A coisa foi tão descarada, que o alerta imediato da Blogosfera tirou do ar, em menos de 24 horas, a propaganda política dos tucanos à presidência da República embutida, dissimulada e subliminarmente vinculada domingo, no aniversário da Rede Globo de televisão. O tiro saiu pela culatra! E, desde então, têm sido suspensas as falas dos maiores artistas da Rede Globo dizendo que o Serra é pó demais. Diga aí se pode? No aniversário da rede?
A chamada Direção da Casa, que só aparece nessas horas e por meio de marionetes, informa e defende-se dizendo que o filme do aniversario foi feito há seis meses. O certo é que eles mesmos noticiaram as gravações feitas somente quatro dias depois do lançamento da campanha a presidente da República de Jose Serra, e dizendo o slogan da campanha no aniversário da rede. A Globo dá mais um tiro no pé. Eles agora vão ter que colocar uma prótese no pé, vão ficar como o pirata da perna de pau... Pior é bala de fragmentação. Tem muito artista que não quer ficar coxo de jeito nenhum. E aí, como é que fica? E pode mais, pode caber direito de resposta de vários partidos.
Porém, às vezes os tiros são certeiros e fatais. Lula já foi atingido assim duas vezes nas campanhas eleitorais para presidente, como no episódio, armado e muito bem planejado, da prisão dos sequestradores do dono do Pão de Açúcar, Abílio Diniz, na véspera da eleição. A ida da Mirian Cordeiro, mãe de uma filha do Lula, à televisão para dizer que ele queria fazer o aborto, quando fora ele quem criara e educara a menina é um outro exemplo de bala de prata fluminante no mais fundo do coração. Além disso, temos a farsa montada no debate entre Lula e Collor. Abordei isso no artigo anterior.
http://dilma13.blogspot.com/2010/04/bala-de-prata.html
Nesses casos, as balas de prata cumpriram seu papel direitinho, e Lula foi derrotado nas duas vezes. E podem ficar certos, “como 2 e 2 são 4”, de que vai ter bastante bala de prata para nossa Dilminha. Vejamos algumas.
O inacabado caso Lina Vieira é uma espoleta contra a Dilma, um exemplo atual ensaiado de bala de prata, que começou com a resposta da então ministra da Casa Civil à pergunta do senador Agripino Maia, falando em Comissão do Congresso Nacional sobre ser ou não verdade que ela tinha mentido em depoimentos na policia. Dilma disse que sim. O porquê contou a verdade? Mentiu sob tortura. Naquela hora, para bom entendedor, ficou claro também que ela não era, neste aspecto, exatamente, a continuação do Lulinha Paz e Amor.
E tem mais: se o ministro Nelson Jobim tivesse (um tiquim de) vergonha na cara para ser cidadão brasileiro, como propõe Capistrano de Abreu, o ministro da Defesa tucana já teria feito a trouxa e se mandando “de fininho”. Mas ele não tem. E é tão cara de pau que vai ficar esperando o pé na bunda da Dilma, “podes crer”. Enquanto isso, continua arquitetando novas balas de prata, junto à canalha de sempre, a exemplo do que fez no caso dos aviões da aeronáutica, ou do golpe contra o Programa Nacional dos Direitos Humanos, ou mesmo quando queria que o Brasil apoiasse o golpe contra o presidente eleito de Honduras, Zelaia.
E o ministro, faz tempo, fraudou a constituinte, é réu confesso, para depois dizer que tinha sido o Ulisses Guimarães, estando o presidente da Constituição cidadã morto e desaparecido. Nelsom Jobim na Defesa é o que tem mais munição e outras armas de ataque abaixo da linha da cintura. E nisso, o maior fornecedor do seu arsenal é o parceiro Serra. É ele, por dentro, que você pode encontrar em toda nova republica, o que mais conspira para macular a democracia brasileira e o governo Lula.
Voltando a Lina Vieira, ela mentiu, dizendo que ouviu de Dilma, no Palácio do Planalto, que “maneirasse com a família Sarney”, não sabe o dia nem a hora. Dilma nega não só a conversa como, até mesmo, o encontro. Na verdade, Lina estava com duas balas de prata, uma para desmoralizar a Dilma, chamando-a de mentirosa contumaz, e, de quebra, tentar lavar a alma desmoralizada do patrão, o senador Agripino Maia. Essa bala ainda está em curso, vide a ficha de terrorista da Dilma que é só um rastilho de pólvora...
Algumas outras balas de prata vão ressurgir como terremotos, vulcões e tsunamis, na grande maioria, armadilhas e farsas requentadas dissimuladas, porém, por serem mais falsas que da primeira vez, com adornos e pirotecnias camufladas, por isso mesmo, mais explosivas. Lamentavelmente, poucas vão “bater catolé”. Breve chega a altura em que até fogo fátuo é nitroglicerina.
A outra bala é para realmente encobrir mutretas da família Sarney, que eles já tinham atingido com uma verdadeira bomba de prata amiga, “leal concorrente” à candidatura de Roseane Sarney ao Palácio do Planalto, com a foto-bomba da enorme pilha de dinheiro colorido vinculada em toda mídia, o que aniquilou definitivamente a candidatura à presidência do Brasil da filha do ex-presidente da República e atual mandatário do Senado, Jose Sarney. Mui amigo, si.
Hoje, nem Deus sabe o explosivo que nutre os artigos censurados no jornal Estado de São Paulo pelo filho do Sarney, isso há quase seis meses. Se é granada, bazuca, mina ou lança-chamas, e a quem mesmo se destina. Perdeu a validade, ou ainda fermenta? É relógio?
As balas de prata foram munição predileta da Operação Condor e da OBAN e vêm desde o Plano Cohen. Foram balas de pratas que deram o fim em J. K. e João Goulart, Marcos Freire, Zuzu Angel, Werzog, Rubem Paiva... são centenas... Bomba em banca de revista, na OAB, no Rio Centro... Bombardearam o palácio do governo chileno com o presidente eleito Salvador Alende dentro. Explodiram ministros de governo latino-americano em avenida de Washington, D.C. Foram balas de prata que deceparam as mãos de Victor Jará e ainda enlouquecem Geraldo Vandré.
Balas de prata podem, com certeza, ser autofágicas, fazem queima de arquivo, como o que aconteceu com Lacerda, Fleury, Von Baugarthenn, e outros mais. Há bem pouco tempo a linha dura, inesperadamente, mostra sua cara: o célebre General Newton Cruz reafirmou que o Maluf o procurou para dar uma bala de prata para o Tancredo Neves...
Podemos ficar certos tem muita bala de prata na próxima esquina.
* Memorialista, co-fundador do Partido dos Trabalhadores e editor do Blog da Dilma em Fortaleza/CE.
3 comentários:
Não tem jeito que dê jeito...
Quando a GloboSerra diz que fez o slogan primeiro, há seis meses, só assume de vez a autoria do mesmo. Pode? Assim não dá, assim não pode! Eles quase não trabalham juntos...
Gláucia Lima- Fortaleza/CE
Caro Luiz Edgard Cartaxo, bom dia.
Parabéns pelo excelente, didático e memorável artigo. Eis que, num texto leve, passeamos pela história recente do Brasil com vínculos nos anos de chumbo.
Uma vez mais, parabéns!
Grande Abraço!
Caro Luiz Edgard Cartaxo,é sempre bom ler seus artigos,pois eles nos faz refletir sobre a conjutura política atual e nos dá força para continuar nessa caminhada de luta em busca de um país cada vez melhor.
Um forte abraço!
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