Em seu primeiro comício como candidata, presidente discursou em meio a palavras de ordem de militantes da CUT na Grande SP.
Por Germano Oliveira O Globo:
SÃO PAULO — Em seu primeiro comício como candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff disse para uma plateia de mil militantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Guarulhos, na Grande São Paulo, que não vai ser reeleita para deixar "o país de joelhos perante quem quer que seja". Segundo ela, o PSDB deixou o Brasil "de joelhos três vezes: em 1999, em 2001 e em 2002" diante do Fundo Monetário Internacional (FMI). Para a presidente, que discursou ao som de jingles de campanha e palavras de ordem dos militantes da CUT, a campanha deste ano vai confrontar a verdade ao pessimismo que a oposição quer implantar no país do "quanto pior melhor".
Ela acrescentou que sua campanha será "feita sem xingar ninguém", "vai ser a do quanto melhor, melhor, com mais futuro e segurança para os trabalhadores". Dilma disse que não vai ser reeleita para tirar direitos dos trabalhadores, ao contrário de seus adversários, que segundo ela "ameaçam os direitos conquistados".
— Não podemos voltar para trás e permitir que voltem aqueles que deixaram o Brasil três vezes de joelhos, em 1999, em 2001 e 2002, diante do FMI. Eles deixaram o Brasil devendo os olhos da cara, coisa de US$ 37,8 bilhões, e hoje temos US$ 380 bilhões — disse Dilma, sendo ovacionada pelos cutistas e petistas.Por Germano Oliveira O Globo:
SÃO PAULO — Em seu primeiro comício como candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff disse para uma plateia de mil militantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Guarulhos, na Grande São Paulo, que não vai ser reeleita para deixar "o país de joelhos perante quem quer que seja". Segundo ela, o PSDB deixou o Brasil "de joelhos três vezes: em 1999, em 2001 e em 2002" diante do Fundo Monetário Internacional (FMI). Para a presidente, que discursou ao som de jingles de campanha e palavras de ordem dos militantes da CUT, a campanha deste ano vai confrontar a verdade ao pessimismo que a oposição quer implantar no país do "quanto pior melhor".
Ela acrescentou que sua campanha será "feita sem xingar ninguém", "vai ser a do quanto melhor, melhor, com mais futuro e segurança para os trabalhadores". Dilma disse que não vai ser reeleita para tirar direitos dos trabalhadores, ao contrário de seus adversários, que segundo ela "ameaçam os direitos conquistados".
Tendo ao seu lado os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Articulação Política), além do ex-ministro Alexandre Padilha, candidato ao governo de São Paulo, e o presidente nacional do PT, Rui Falcão, coordenador de sua campanha, Dilma ironizou os adversários, dizendo que, no "tempo deles", qualquer tosse virava pneumonia e que hoje "temos os remédios para essa tosse, que não passa pelo desemprego".
— A nossa campanha vai mostrar que a verdade vence a falsidade e o pessimismo, como aconteceu com a Copa — disse a presidente, acrescentando:
— Não vai faltar energia no Brasil, mas em São Paulo pode faltar água. Tomamos todas as providências para não faltar energia elétrica e trabalhamos duro para isso — disse Dilma.
A presidente ainda falou que o mundo enfrenta a maior crise desde 1929.
— O Brasil está enfrentando de forma a garantir que nós sairemos dela com mais condições ainda de crescer e de distribuir renda do que tínhamos anteriormente — garantiu.
O comício ocorreu numa casa de espetáculos com capacidade para mil pessoas. A plateia vestia camisas vermelhas da CUT e carregava cartazes de sindicatos filiados à central e de apoio à Dilma Rousseff, além de bandeiras.
Entre as palavras da presidente, eufóricos, gritavam frases como "Olê, olê, olá, Dilma, Dilma" e "Dilma, cadê você? O trabalhador está com você", entre outras. Em alguns momentos, quando eram tocados jingles de campanha, em som alto, a presidente chegou a ensaiar timidamente alguns passinhos de dança.
Durante o comício, a presidente chegou a fazer corações com as mãos e jogar beijos para os presentes.
CENTRAL ENTREGA MOÇÃO DE APOIO
No comício, além do discurso de Dilma, a direção da CUT entregou à presidente uma moção tirada da 14ª Plenária da central sindical garantindo o apoio à sua reeleição. E ainda passou às mãos dela um documento com reivindicações histórias do movimento sindical, como a redução de jornada e fim do fator previdenciário, além das reformas política e tributária.
A presidente disse que foi eleita para reduzir as desigualdades e assegurar o emprego, sem mexer nos direitos já conquistados.
— Antes dos nossos governos, o trabalhador que lutava por seus direitos era demitido, ficava numa lista negra ou era demitido, até que os trabalhadores elegeram o primeiro operário da história do nosso país — disse Dilma, numa referência a Lula, que foi o grande ausente no evento, embora na abertura da 14ª Plenária da CUT tenha anunciado que acompanharia a presidente ao comício na CUT.
Destacando que nos governo petistas se garantiu a valorização real do salário mínimo, Dilma disse que não foi eleita ou não será reeleita se for para reduzir os benefícios dos trabalhadores.
— Vamos assegurar as conquistas dos trabalhadores. Não sou pretensiosa, pois posso não acertar sempre e posso não agradar a todos o tempo ".
Para ela, esta campanha mostrará que o PT reduziu as desigualdades e que os mais pobres obtiveram conquistas "inimagináveis", como comprar o que bem entender num shopping ou andar de avião.
— Eles dizem que transformamos nossos aeroportos em rodoviárias. Nesta campanha, a verdade vai vencer o pessimismo — disse, lembrando que a oposição pregou que a Copa não daria certo, que a infraestrutura não funcionaria, o que não se confirmou.
— Demos uma goleada nos pessimistas. E nesta eleição vamos dar nova goleada nos pessimistas —prometeu.
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