O conflito ficou escancarado entre os ministros Nelson Jobim e Paulo Vannuchi. Isto em face do decreto presidencial sancionador do terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos. Tal tema domina a mídia e os ministros contendores ganharam apoios, como a exibir músculos fortes para impressionar o presidente Lula.
Fora o fato de temas do referido Plano, distantes da questão central que é a Anistia, estarem sendo usados para fim diversionista, pelos opositores. Como já destaquei em “post” anterior, o Plano, para se tornar efetivo, real, depende de produção legislativa. E o Congresso, até por comissões que têm competência de abrir consultação pública, poderá não transformar em lei as intenções. Mais ainda, algumas questões referem-se à cláusulas pétreas da Constituição. Portanto, só podem ser mudadas por uma assembléia constituinte.
Mestre em mediações, o presidente Lula já procura, pelos bombeiros de plantão comandados pelo seu secretário particular, uma saída para que a sua imagem e a de Dilma Rouseff, candidata à sua sucessão, não saiam arranhadas. Sim, as suas pessoas. Isto porque a unidade entre os ministros, — que são agentes da autoridade do presidente da República–, já foi para o “vinagre”, para usar um jargão popular.
Como se sabe, o ministro Nelson Jobim exige modificações no decreto presidencial que sancionou o 3º.Plano Nacional de Direitos Humanos. Ele insiste, por exemplo, em apurações das responsabilidades criminais, –por uma Comissão da Verdade que deseja seja mudada para Comissão de Reconciliação–, também dos que estiveram contra a ditadura e pegaram em armas. Como jogo de cena, entregou uma carta de exoneração do cargo de ministro da Defesa.
Nesse quadra, o governador de São Paulo, José Serra, afirmou que não vai se manifestar. Em outras palavras, é candidato a Pilatos. Nem parece que pretende se candidatar à sucessão de Lula. Para o pretendente a Pilatos, o tema Anistia e crimes de lesa-humanidade, tratado no terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos, não merecem comentários, ou seja, são irrelevantes.
O que se esperar dos contendores e do presidente Lula?
De Lula, pelo jeito, partirá para o tradicional “empurrar com a barriga”. Talvez, volte a afirmar que não leu o decreto e só o assinou, a abrir caminho para colocar tudo na geladeira. Se preciso, usará a sua maestria em jogar ao mar os incômodos. Vannuchi já capitulou em episódio anterior. Aquele em que o advogado geral da União, o atual ministro Toffoli do Supremo Tribunal Federal, manifestou-se em autos processuais pela legitimidade (constitucionalidade) da Lei de Anistia. Igual caminho capitulatório e sobre a mesma questão trilhou o ministro Tarso Genro.
Quanto ao ministro Jobim, suas ambições, conhecido senso de oportunismo e autoritarismo nato, não é de capitular. Fora isso, até farda usa. Só não é capaz de separar os criminosos que macularam as suas fardas e os seus galões, com e integridade das Forças Armadas: Exército, Marinha e Aeronáutica.
PANO RÁPIDO. O ministro Vannuchi, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo de hoje, colocou, a citar um exemplo, a questão no devido lugar: - “O país não tem o direito de saber toda a história que envolve Rubens Paiva, Vladimir Herzog, Honestino Guimarães ? Sem isso, como é possível virar a página ?.
Agora e para frustração dos humanistas, só falta Vannuchi capitular novamente. Uma Comissão da Verdade nascida como sementeira de dissensos, como deseja Jobim, busca, apenas, manter a impunidade de autores e mandantes de crimes de lesa-humanidade, cometidos pelo o terrorismo de Estado instaurado durante a ditadura militar.
–Wálter Fanganiello Maierovitch-
Mestre em mediações, o presidente Lula já procura, pelos bombeiros de plantão comandados pelo seu secretário particular, uma saída para que a sua imagem e a de Dilma Rouseff, candidata à sua sucessão, não saiam arranhadas. Sim, as suas pessoas. Isto porque a unidade entre os ministros, — que são agentes da autoridade do presidente da República–, já foi para o “vinagre”, para usar um jargão popular.
Como se sabe, o ministro Nelson Jobim exige modificações no decreto presidencial que sancionou o 3º.Plano Nacional de Direitos Humanos. Ele insiste, por exemplo, em apurações das responsabilidades criminais, –por uma Comissão da Verdade que deseja seja mudada para Comissão de Reconciliação–, também dos que estiveram contra a ditadura e pegaram em armas. Como jogo de cena, entregou uma carta de exoneração do cargo de ministro da Defesa.
Nesse quadra, o governador de São Paulo, José Serra, afirmou que não vai se manifestar. Em outras palavras, é candidato a Pilatos. Nem parece que pretende se candidatar à sucessão de Lula. Para o pretendente a Pilatos, o tema Anistia e crimes de lesa-humanidade, tratado no terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos, não merecem comentários, ou seja, são irrelevantes.
O que se esperar dos contendores e do presidente Lula?
De Lula, pelo jeito, partirá para o tradicional “empurrar com a barriga”. Talvez, volte a afirmar que não leu o decreto e só o assinou, a abrir caminho para colocar tudo na geladeira. Se preciso, usará a sua maestria em jogar ao mar os incômodos. Vannuchi já capitulou em episódio anterior. Aquele em que o advogado geral da União, o atual ministro Toffoli do Supremo Tribunal Federal, manifestou-se em autos processuais pela legitimidade (constitucionalidade) da Lei de Anistia. Igual caminho capitulatório e sobre a mesma questão trilhou o ministro Tarso Genro.
Quanto ao ministro Jobim, suas ambições, conhecido senso de oportunismo e autoritarismo nato, não é de capitular. Fora isso, até farda usa. Só não é capaz de separar os criminosos que macularam as suas fardas e os seus galões, com e integridade das Forças Armadas: Exército, Marinha e Aeronáutica.
PANO RÁPIDO. O ministro Vannuchi, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo de hoje, colocou, a citar um exemplo, a questão no devido lugar: - “O país não tem o direito de saber toda a história que envolve Rubens Paiva, Vladimir Herzog, Honestino Guimarães ? Sem isso, como é possível virar a página ?.
Agora e para frustração dos humanistas, só falta Vannuchi capitular novamente. Uma Comissão da Verdade nascida como sementeira de dissensos, como deseja Jobim, busca, apenas, manter a impunidade de autores e mandantes de crimes de lesa-humanidade, cometidos pelo o terrorismo de Estado instaurado durante a ditadura militar.
–Wálter Fanganiello Maierovitch-
6 comentários:
Para mim, alguns tópicos do Plano Nacional de Direitos Humanos, como proposto, é um passo para uma ditadura:
a) invasor de propriedade passa a ter direitos de propriedade. Então, sonegador de imposto de tem direito tambem de sonegar e nao pode ser punido
b) censura da imprensa - a imprensa que divulga as falcatruas dos governantes deve ser calad? deve ser calada a imprensa que divulga as barbáries ditatoriais do Plano Nacional de direitos? nao hovesse imprensa livre, este plano ditatorial e confiscatório de direito teria seguimento.
Lula deve mesmo é deixar que os ministros que desejaram ser as estrelas do show, que se ainda desejarem mesmo que peçam demissão. Quanto a midia acho que já saboreou por demais o tema e a partir de agora vai mesmo é cair no samba.
Todos sabemos de que tudo isso irá mesmo para o Congresso, que por sua vez está já em campanha eleitoral e daí... ponto final para este ano esse assunto.
Eloy, permita-me dizer, mas você não leu o Decreto do presidente, porque se voce tivesse lido não escreveria estas bobagens.
Terror do Nordeste : a opinião é de Ives Gandra, de hoje. E de Juristas ! da OAB ! e se observa uma revolta popular. Dialogo com invasor? diálogo com o criminoso? censurar a imprensa? mudar todos simbolos religosos do Brasil? tem de mudar o nome da cidade SAO PAULO e de todas cidades com nomes de santos?
Meu objetivo não é polemizar, mas sim opinar para a construçao de uma sociedade justa ! lutei e luto muito por isso! e por isso nao compartilho com companheiros radicais.
Eloy, Ives Granda é a marca do retrocesso.Esse camarada é do tipo que ainda acha que comunista come criancinha.Eu também não quero polemizar. o entrechoque de opiniões é saudável numa democracia.Mais, se Gandra disse isso tudo que voce está dizendo, ele tá agindo com desonestidade intelectual.Li o Dcreto na sua integralidade, e não li nada disso que Gandra anda falando.Abraços.
Decreto sobre Direitos Humanos do Governo Federal,Um desabafo.
A imprensa e a midia está vociferando contra o decreto porque este abala seu poder.
Um dos itens do decreto diz:
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'Elaborar critérios de acompanhamento editorial a fim de criar ranking nacional de veículos de comunicação comprometidos com os princípios de Direitos Humanos, assim como os que cometem violações.'
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É natural que quem esteja no poder nao queira sair de la. Assim como quem tem o poder da midia sobre a opiniao publica tambem nao queira perde-lo ou diminuir tal poder.
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Quantos ditadores resolveram permanecer no poder depois de experimenta-lo? Com os "donos da midia" tambem nao deve ser diferente, ninguem gosta de perder poder.
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Hitler sabia bem da forca da propaganda da midia sobre a populacao em geral ao instituir o seu "ministerio da propaganda",pois a opiniao publica é facilmente manipulavel, e quem tem o controle da midia, da formacao da opiniao publica, pode tambem mudar o destino de um pais.
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Foi o que aconteceu na eleicao de Collor aa presidencia quando disputava a presidencia da republica contra Lula, e às vesperas da eleicao uma certa emissora
manipulou os momentos do debate mudando talvez de forma definitiva o destino das eleicoes presidenciais e do país.
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O que é interessante observar é que o governo -eleito democraticamente - deveria ser o representante natural do povo, e portanto, nada mais natural que o governo verificasse o que alguns orgaos da midia estao patrocinando.
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A sociedade (representada pelo governo) deveria permitir que "meia duzia" de empresas que mantem o oligopolio dos meios de comunicacao "pintem e bordem" com a opiniao publica? impondo seus pontos de vistas particulares a milhoes de ouvintes, muitos dos quais menores de idade e sem um pingo de instruçao?
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Os detentores do poder da midia alegam que o governo esta tentando inibir a democracia como se alguem da populacao tivesse realmente o direito de ir a um "Jornal" televisivo de grande audiencia e expor sua opiniao!!! A Opiniao dos donos da imprensa nao é a opiniao do povo. Essa alegada democracia nao existe!
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Se a midia quer uma democracia verdadeira deveria abrir seu espaco editorial para que QUALQUER PESSOA do publico em geral pudesse expor seus pontos de vistas,
ou entao que o proprio governo ( REPRESENTANTE OFICIAL DA POPULACAO ) expusesse seus pontos de vistas em seu horario nobre, isso sim seria uma verdadeira democracia de opiniao publica e nao vociferar que "meia duzia" de empresas tenham o direito de comandar a opiniao publica a seu bel-prazer como se isso fosse uma democracia de opiniao.
O que ocorre na verdade eh que atualmente existe um CARTEL ELITISTA E DITATORIAL da midia que invoca justamente o "anti-democratismo" do decreto
para tentar manter seu poder ditatorial elitista de manipulacao da midia.
Se a midia fosse realmente democratica cederia seu espaco publico de grande audiencia para quem representa o povo:
O governo eleito democraticamente.
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