quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O Brasil e a hegemonia americana - @dilmabr @Veja @rede_globo

Marcos Ticiano Alves de Sousa – Natal, licenciado em Matemática, estudante de Direito.
Sustentou-se durante algum tempo que o Brasil estava se deixando dominar pela Venezuela, de Hugo Chavez, e se afastava cada vez mais dos EUA, que isso era um absurdo, etc. e tal.
É incompreensível o enaltecimento da forma de governar americana. A dominação exercida por este país é, na maioria das vezes, sutil, como ocorre no Egito, países do Norte da África e demais países em desenvolvimento. Em outras, a dominação é mais direta, como no caso do Iraque, da Líbia, já que a necessidade de petróleo é mais urgente. Em todos os casos, é constante a tentativa de fazer com que os cidadãos dos países dominados pensem
política, religiosa, econômica, cultural e socialmente conforme seus preceitos, ou seja,  enquadrem-se nos seus padrões de consumo, pois o que vale realmente é “o ter" e não “o ser". Estará aberto, assim, o caminho do consumismo sem fim, situação ideal para que suas trasnacionais venham em seguida sem dar nenhuma chance às empresas locais (liberalismo econômico?), remetendo para lá a totalidade dos seus lucros e, então, mantendo uma hegemonia suja, que enoja todas as cabeças pensantes do planeta.
Essa hegemonia se dará enquanto nações como China, Brasil, Índia e muitas outras aceitarem. E neste caso, vi a atitude do Presidente Lula e, atualmente, a da Presidenta Dilma como exemplares, de profunda inteligência, uma vez que buscou e busca, sem perder de vista a União Europeia e os próprios EUA, fortalecer e inserir o Brasil, geoeconômica e politicamente, em vários blocos alternativos (G-20, Mercosul, países latino-americanos - Unasul -, países árabes, países africanos), sempre almejando vender mais o que produzimos, porém, respeitando a soberania dos povos e procurando a paz e a cooperação entre eles. Os resultados efetivos desta nova atitude brasileira foram sentidos na crise mundial de 2008/2009 e na atual, quando o Brasil a enfrentou e enfrenta sem maiores sobressaltos, uma vez que os EUA e a União Europeia são os responsáveis pela sua origem.
A tentativa de fazer parte do Conselho de Segurança da ONU foi outra frente que o Presidente persistiu, e assim o faz a Presidenta.
O Brasil é o Brasil, a Venezuela é a Venezuela, povo irmão, latino-americano. Os EUA são os EUA, com sua riqueza obtida em grande parte às custas da pobreza mundial; país que não aceita sequer assinar o Protocolo de Kyoto para mitigar as emissões de carbono na atmosfera, algo que a maioria das nações já fizeram. Enquanto isso, nosso planeta cada vez mais quente, as geleiras cada vez menores. O que o mundo pode esperar de tal hegemonia?

Um comentário:

Amaral disse...

Os direitos humanos que os países desenvolvidos tanto perseguem são apenas pretextos para adestramento das massas locais a fim de inserir os seus produtos. Em países como a Etiópia, Angola, Zâmbia e outros que possuem mercados consumidores fracos, os direitos humanos são esquecidos.